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  • Photo du rédacteurPrange, A. P.

Estaria eu numa relação abusiva?

Ana Paula Prange [1]



De vez em quando eu escuto essa pergunta, vinda de pessoas em terapia ou que eu encontro na vida. Penso que elas talvez estejam tentando aliviar um sentimento confuso, talvez mesmo uma angustia ligada a uma relação amorosa ou de amizade em que elas não se sentem confortáveis ou tranquilas.


Na Internet podemos achar vários artigos que procuram identificar algumas características de uma relação que poderia ser considerada como abusiva – ou toxica – e lhes decodificar.


Estaríamos nos todos um pouco perdidos?

Nós vivemos essa época chamada Pós-modernidade por alguns autores, uma de suas características é a incerteza.


As referências tradicionais de família desmoronaram, novas configurações apareceram e mostram maneiras variadas de construir isto que se entende por “uma família”. Os estados são de menos em menos potentes / poderosos frente às injunções do sistema econômico neoliberal, que após seu disfarce em proposição multiculturalista nomeada “globalização”, não tem mais pudor de mostrar a que veio.


A noção de identidade é mais indefinida que nunca, as relações tendem a durar menos tempo que antes. Em contextos onde os valores da cidadania e da expressão democrática se perdem, as individualidades lutam para se afirmar. Alguns buscam a via da consumação, outros procuram as religiões, em alguns casos as religiões fundamentalistas ou as seitas. Para outros, poder suspender o pensamento é a solução, uma maneira de não se afligirem pelas questões existenciais.


Entre compulsões, idealizações e fugas… Cada um faz o que pode.



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